Tuesday, June 07, 2005

Modorra do ser

Olhos esbugalhados ante o abismo
Da leveza lúcida do entreacordado
A existência velada em sonhos incendiários
Na modorra do ser.
Embriagante tempo de vestes floridas
Que de um hálito desenham nuvens estonteantes
Alternando estados e instâncias
Na tontura de cores e passos
Como cirandas, em allegro, rodopiando,
No compasso do desatino
Que coroam a mente.