Thursday, June 23, 2005

Claridad de la mañana

Se tua manhã é meu algoz
Algo que castra e incita
A noite, sua párea, consome em sombras
Todos os meus devaneios

Não te direi senão em dia
Todo e qualquer vão pensamento
Pois que a chegada da aurora
É também, do ofício

Mas como prender tua boca em um riso,
Sem o menor receio de consolidar-me em prantos?
Como consumir tão pueril exaspero?

Não te quero amor, não te quero nada
Apenas um tempo em que caibamos tu e eu
E depois se desfaça.

Tuesday, June 07, 2005

Modorra do ser

Olhos esbugalhados ante o abismo
Da leveza lúcida do entreacordado
A existência velada em sonhos incendiários
Na modorra do ser.
Embriagante tempo de vestes floridas
Que de um hálito desenham nuvens estonteantes
Alternando estados e instâncias
Na tontura de cores e passos
Como cirandas, em allegro, rodopiando,
No compasso do desatino
Que coroam a mente.