Friday, March 21, 2008

OCASO INFINDO II

O caso do ocaso ao acaso...
é belo e sutil
pois que reflete e absorve,
dilui e eterniza,
a profunda simplicidade do nosso encontro...

tanto quanto eu, tanto quanto tu...
e o que de nós foi e ainda é
e tudo que de nós não foi, ainda,
pois que não há como da vida adiar ou antecipar,
a plenitude do tempo perfeito, de ser e de estar,
na hora e no lugar propício.

OCASO INFINDO

Escravo do acaso comum de dois,

Do presente cego do porvir,

Da inocência embalsamada e embebida,

Da careta do ego que ri.

A dispersão fragmentada dos 'eus'

No ocaso penumbral de um eclipse

Como encontros, que se encontram, sempre aos fins

Num pleonasmo vicioso...