Músculos já não mais os são
Nem tenros nem rijos...
O frescor da carne passível
se desfaz em gestos:
escusos, obtusos, ciganos.
A musicalidade do teu corpo,
uma quimera para os meus sentidos.
Curva, linha, vertigem ou miração.
A desintegração da matéria
numa inebriante febril abstração
Onde a alma do corpo persegue, errante,
O ir e o devir de sentimentos,
Numa deliciosa reação temporal em cadeia.
Quem és tu?
O que foste e o que o momento agora congela?
Já não és mais a que emolduro ou enquadro.
Corres, passas, me conheces e antecipas?
Só sei que me embriagas, o tempo em que ainda não és pó
E me habitas.
Amor Invertido
blog específico de poemas escritos, *transcritos, psicografados,mantidos pela própria autora.
Saturday, January 21, 2012
Monday, August 08, 2011
poemar
Vou despir-me um véu por vez
e assim me cobrirei com o manto negro dos teus olhos
que arrefece minhas sombras e alenta meu peito
No aninhar dos mais silvestres ruídos:
brancos de luz, brancos de névoa.
Meus sentidos todos convergem em ti quando
não há mais sentidos.
Eis que um enguiço penetrante vampiriza meu ser em silêncio,
e me rasga na mais vazia das mortes.
Longe da matéria e só assim verás meu nome.
Contemplo-te agora em pensamentos nus sobrehumanos,
Vendo através de ti me fundo e somos:
o courisco, ou o pó estelar da pequena morte.
Para L.T.
Monday, July 25, 2011
AMOr SONHAre
O que me custa o olho acreditar,
sentimento fere ensurdecentemente ilúcido,
telúrico.
A presa que pressente o grito surdo
do pulso cardíaco definha em surtos psicodélicos.
Vida e morte emaranhadas em seu ninho abútrico
cospem vestes de desdém
A sombra fugidia de uma quimera absurda.
sentimento fere ensurdecentemente ilúcido,
telúrico.
A presa que pressente o grito surdo
do pulso cardíaco definha em surtos psicodélicos.
Vida e morte emaranhadas em seu ninho abútrico
cospem vestes de desdém
A sombra fugidia de uma quimera absurda.
Saturday, December 04, 2010
Flor no Jardim
Flor
No Jardim
Querendo diferir-se
Por sentir-se assim...
Quiser bailar,
Baila contra o vento.
Quiser sonhar,
Desabroche.
Pois assim,
Serás a mais bela
mas, ainda assim,
Flor
No Jardim.
No Jardim
Querendo diferir-se
Por sentir-se assim...
Quiser bailar,
Baila contra o vento.
Quiser sonhar,
Desabroche.
Pois assim,
Serás a mais bela
mas, ainda assim,
Flor
No Jardim.
Saturday, June 05, 2010
Anonismo
Na medida do impossivel
O ocultismo dos sentidos
Revela o que se vela no escuro,
o que se vê lá no obscuro,
no mais profundo abissal de ser.
Na medida do imperfeito,
a existência do vácuo indaga,
indistingue quando há de haver
sonho ou miragem,
na intenção mútua de conjugar `ser`
na medida do indivíduo.
O ocultismo dos sentidos
Revela o que se vela no escuro,
o que se vê lá no obscuro,
no mais profundo abissal de ser.
Na medida do imperfeito,
a existência do vácuo indaga,
indistingue quando há de haver
sonho ou miragem,
na intenção mútua de conjugar `ser`
na medida do indivíduo.
Friday, January 15, 2010
Wednesday, May 27, 2009
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